Sujou!

Antes de mais  nada, hoje tem tirinha nova no TopBlog! Não deixem de conferir!

E, agora, a charge desta semana para o Jornalistas & Cia.

A história dessa semana do Memórias da Redação parece cena de novela, mas aconteceu de verdade. Os nomes verdadeiros das pessoas envolvidas, por motivos óbvios, como você verá em seguida – foi mantido em sigilo. O caso ficou famoso no Estadão na década de 1960. Confiram:

Alfredo Timber era redator da Economia. Ele se insinuou para uma repórter muito bonita, gastou a lábia, insistiu e, depois de dias de cantada, a garota concordou em sair com ele.

Sem dinheiro para o hotel, Timber estacionou o carro na frente da agência do então Banco Econômico, na esquina da São Luiz com a Ipiranga, onde o Estadão depositava os salários, deixou a “gata” no veículo e foi sacar o numerário para a noitada.

Mas, pela janela envidraçada do banco, percebeu, assustado, quando sua própria mulher passou pela calçada, em busca dos uniformes escolares encomendados para os filhos nas proximidades, que o ano letivo estava para começar.

Apavorado, pois a mulher era brava, ele ficou escondido na agência, de onde ligou para a redação, explicou a situação ao Pacce, chefe de Reportagem hoje já falecido, e pediu que fosse pegar o carro, a garota, e sumisse com ela.

O Pacce demorou para chegar. Nesse ínterim, a “gata”, que não devia estar bem cantada, cansou, desistiu do programa, saiu do carro e voltou para a redação. Enquanto isso, a mulher do Timber, carregada de compras, viu o carro do marido, supôs que ele estivesse por perto, colocou os pacotes no banco de trás, sentou na frente e ficou esperando.

Afobado, Pacce chegou correndo, sentou no lugar do motorista e, como não conhecia a senhora Alfredo Timber, não teve dúvidas: colocou a mãozona na coxa pudica da respeitável d. Dinda (nome também fictício) e, sem rodeios, explicou: “Menina, vâmo embora que sujou; a mulher do Timber chegou e a gente precisa sumir”.

Consta que Alfredo precisou dormir vários dias num hotel, pois nem no sofá da sala D. Dinda o deixou ficar.

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