Nanquim, Som & Fúria #32

Victoria Legrand (Beach House)

Victoria Legrand

Não é raro acharem que se trata de um homem e não de uma mulher ao ouvir Victoria Legrand cantando, isso graças a sua singular voz de contralto que é capaz de levar qualquer um a lugares misteriosos e fascinantes. O Beach House, sua banda ao lado do guitarrista Alex Scally, faz um som calmo e melancólico, mas com atmosfera carregada e letras densas, algo muito próximo a bandas como Velvet Underground, Cocteau Twins, Big Star e Beach Boys. Já estão em seu quarto disco, Bloom, lançado este ano. Mais um ótimo trabalho para uma discografia já muito rica e consistente que vale muito a pena conhecer.

EntreQuadros em formato e-book

Boa notícia do dia: a EntreQuadros – Círculo Completo agora também pode ser adquirida em formato digital pela loja Gato Sabido! Custa só R$ 9,90, menos da metade do preço da edição impressa.

Para quem ainda não sabe, esta é a primeira graphic novel, publicada pela Balão Editorial. Por ela fui indicado ao Troféu HQMix 2011 nas categorias Novo Talento – Roteirista e Novo Talento –  Desenhista.

Sobre o que é o livro?

E se não fosse possível esquecer um grande relacionamento? E se a memória desse amor interrompido impedisse você de seguir adiante? O psicanalista Freuderico se depara com essas questões após terminar o relacionamento com sua amada Martha. Então, surge em sua vida Karina, que pode ser a terapia de que ele precisa, tendo como divã a cidade de São Paulo, mais que um cenário, quase um personagem, com sua vida noturna e cultura pop diretamente envolvidas na vida de Freuderico.

O círculo se completa sempre? Há como resetar um grande amor e uma grande perda para começar de novo? É sobre isso que versa EntreQuadros – Círculo Completo, com um pano de fundo repleto de fantasia, amor, perdas e recomeços.

EntreQuadros na Livraria Cultura

As duas edições de EntreQuadros podem ser adquiridas em formato de e-book na loja Gato Sabido e em formato impresso pela loja da Balão Editorial ou em livrarias especializadas:

Nanquim, Som & Fúria #31

Tulipa Ruiz

Tulipa Ruiz

Flor vistosa da atual cena musical brasileira, Tulipa já estaria tocando incessantemente nas rádios AM e FM desse país se elas estivessem mais abertas a novidades. O som de Tulipa consegue ser acessível e experimental ao mesmo tempo, consegue dosar com muito talento o novo e o tradicional. Vejo nela uma evolução do tropicalismo em direção ao que há de bom no pop contemporâneo. Dona de um gogó de ouro e de letras inspiradas, Tulipa faz músicas que são belas crônicas de nossos tempos. ‘Só sei dançar com você’, uma das pérolas de seu primeiro disco (‘Efêmera’) está na trilha da novela Cheias de Charme. Ela está prestes a lançar seu aguardado segundo disco (‘Tudo Tanto’) e já disponibilizou três novas músicas para download gratuito no site do Natura Musical.

Nanquim, Som & Fúria #30

Daughn Gibson

Daughn Gibson

Uma das boas revelações de 2012 e que tem tocado direto na minha playlist por aqui. Daughn Gibson faz uma mistura que à primeira vista pode parecer estranha: country e blues com synthpop e new wave. Seu som é algo como um Johnny Cash usando sintetizadores e recursos de música eletrônica à la Depeche Mode. No vozeirão de Gibson, a narrativa do country ganha uma ambientação mais urbana com ares mais soturnos e uma bela dose de sex appeal. O disco de estreia dele se chama ‘All Hell’, vale a pena conferir.

Nanquim, Som & Fúria #29

Shirley Manson

Shirley Manson

O Garbage é uma das bandas mais bacanas que surgiram nos anos 90. É a banda que talvez melhor sintetize as principais tendências musicais da época (o grunge, o rock industrial, o punk, a música eletrônica e o trip hop) e ainda contam com uma vocalista tão carismática e exuberante como a Shirley Manson. Estavam há sete anos sem lançar nada novo por conta de problemas com gravadora, mas este ano lançaram de forma independente o classudo “Not your kind of people”, um disco que recupera o fôlego criativo de seus primeiros discos. Eles se apresentarão no Festival Planeta Terra e esse é um show que eu não perderei por nada.

Nanquim, Som & Fúria #28

Mallu Magalhães

Mallu

Mallu está crescendo a olhos vistos. A cada novo disco, e já está em seu terceiro em tão pouco tempo de carreira, ela dá passos cada vez maiores. Já havia desabrochado em seu segundo disco, produzido pelo onipresente Kassin, mas agora, sob a tutela de seu amado Marcelo Camelo, se firma de vez como uma das artistas mais talentosas de sua geração. Seu terceiro disco, “Pitanga”, é um espelho do soberbo “Toque dela” do Marcelo Camelo. É como se os dois estivessem trocando inspiradas e calorosas cartas de amor. E é difícil não se encantar com a pureza e ternura da relação dos dois.

Ela estreia a turnê de seu disco mais recente neste final de semana no Sesc Vila Mariana.