O terror das cabines

Charge da semana para o Jornalistas & Cia

Pelos idos dos anos 1980, tempo da máquina de escrever nas redações, a equipe do Estadão/Jornal da Tarde/Agência Estado que ia fazer cobertura externa, e também os correspondentes e colaboradores, tinham apenas dois meios para enviar a matéria: o telex e o bom e velho telefone – o então moderno fax chegaria quase na virada para a década seguinte. Quem ligava de fora dispunha de um time de pessoas aptas a “pegar matéria”, conhecidas como “o pessoal da cabine”. Todos trabalhavam nas Comunicações, então chefiada por Alaur Antonio Martins.
A cabine era um espaço minúsculo, onde cabiam apenas um suporte para a máquina de escrever – nessa época já elétrica, para felicidade geral da nação –, uma cadeira e, no alto, um suporte para a bobina de papel, um rolo com oito vias carbonadas, que, após registrarem o texto, eram classificadas; a equipe anotava dados como nome da retranca (matéria), repórter, editoria, veículo (às vezes era exclusiva) e horário de envio. Em seguida, eram separadas e depois distribuídas manualmente (levadas pelos contínuos) até a redação. Algo bem distante do send de hoje…

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