Olá pessoal,
Primeiramente, vou explicar o que houve para os que visitaram aqui por estes dias. Meu blog foi hackeado e por isso esteve fora do ar por alguns dias. Por pouco não perdi boa parte do conteúdo, mas felizmente conseguimos consertar e recuperar os dados. Agora vamos às coisas boas que realmente interessam: a Gibicon em Curitiba foi sensacional!
Devo falar isto antes, curitibanos, parabéns por sua cidade. Ainda não conhecia a cidade, mas é, sem dúvida, a capital mais limpa e bem organizada que já conheci no Brasil. Ah, se o Brasil inteiro seguisse o exemplo e cuidasse tão bem de seus centros urbanos assim…
A Gibicon segue o modelo de Angoulême na França e espalha as atrações por diversos pontos da cidade em vez de concentrar tudo em um só lugar. Achei estranho no começo, mas depois vi como isto envolve mais a cidade com o evento. Só São Pedro poderia ter colaborado um pouco e não ter mandado até um pouco de granizo sobre nossas pobres cabecinhas.
O evento foi exemplar no trato aos artistas. Fomos todos muitíssimo bem recepcionados por uma calorosa e empolgada equipe, além de nos terem hospedado em um baita hotel, o Bourbon.
Na quinta-feira, teve a festa de abertura das exposições no Solar do Barão. Fizeram um ótimo trabalho e montaram belas exposições sobre os 30 anos de Gibiteca (a primeira do Brasil), a Grafipar (editora pioneira de Curitiba), Sergio Bonelli (bela homenagem a este grande mestre italiano), Liberatore (e suas artes de cair o queixo), Isabel Kreitz (talentosíssima autora alemã ainda inédita no Brasil), Comics on Top (autores que publicam no mercado norte-americano como Renato Guedes e Joe Bennet) e a nova safra de autores da cidade.
Na sexta-feira, dia 26, participei de um ótimo debate sobre os novos rumos do quadrinho nacional na companhia dos autores Galvão, Vítor Cafaggi e Eduardo Medeiros. O Danilo Beyruth também iria participar, mas o avião dele não chegou a tempo. A mediação ficou por conta da pesquisadora e minha ex-professora Sonia Luyten. A sala do belíssimo prédio do Sesc Paço da Liberdade estava cheia e a conversa rolou solta sobre novas formas de publicação, as novas portas que se abriram de uns anos para cá, a situação do mercado, o que tem de ser melhorado e etc.
Ainda na sexta, rolou uma sessão de autógrafos comigo, com o Will e com o Gustavo Machado no Memorial de Curitiba. O Eduardo Risso também participaria desta sessão, mas infelizmente cancelou sua ida ao evento por conta de problemas de saúde (parece que trombose pelo que me falaram, espero que ele melhore). Apesar da ausência do artista argentino, a sessão foi bem prazerosa e fiz um monte de retratos.
No sábado já tive que voltar para São Paulo. Nem consegui ver tudo do evento. Haviam muitas outras exposições, mostras de filmes, oficinas palestras e debates espalhados por Curitiba. Inclusive houve muitas coisas acontecendo no mesmo horário. Sempre haverão choques de horário em eventos como este, mas ainda assim é algo que precisa ser um pouco mais bem pensado nas próximas edições.
Teve também muitos lançamentos nacionais. E da mesma forma como aconteceu no FIQ-BH ano passado, o maior volume de novidades ficou por conta de artistas independentes. Alguns eu ainda não conhecia pessoalmente ou havia conversado apenas brevemente em outros eventos. É sempre um prazer enorme conhecer sangue novo, rever amigos de profissão e conferir como a produção nacional está cada vez maior e melhor. Tive um belo prejuízo no bolso, mas vou ter leitura boa garantida por um bom tempo.
Enfim, deu gosto de ver um evento deste porte tão bem organizado. Parabéns a todo mundo da organização e que venham muitas outras Gibicons!