Charge dessa semana para o Jornalistas & Cia.
Outra história envolvendo um animal do Memórias da redação, mas essa tem um final um tanto quanto triste.
Eustáquio, recebido quando apenas um gatinho, foi morar no São Paulo Clube, na esquina da rua Veridiana com a Higienópolis, bairro nobre da região central de São Paulo. As más línguas explicam o rápido crescimento do Eustáquio: uma dieta enriquecida pelos vários cisnes que Gastão Vidigal tinha doado à instituição.
Como, porém, nem só de cisnes vive um leão, Eustáquio afeiçoou-se ao uísque, que sorvia sempre sem gelo nos copos, onde enfiava a língua, à qual dava o formato de quase uma colher e passou a curtir especialmente chocolate.
O envolvimento do Eustáquio com a Redação, que nunca frequentou, foi justamente devido ao chocolate, torradinhas, azeitonas dos martinis e outras guloseimas que jamais teria experimentado na savana africana. Outra coisa que jamais experimentaria naquelas plagas seria passear de conversível, como costumava fazer com Carlão.
Foram tantos os problemas nutricionais do leão, que com pouco mais de seis meses e a juba apenas começando a nascer, ele passou a mancar, depois a arrastar as pernas de trás e a reportagem foi acionada para que a Fundação Parque Zoológico de São Paulo fizesse um exame no animal. Foi constatada severa e irrecuperável descalcificação das pernas do felino e o diretor do Zoo, Mário Autuori, informou que para poupar sofrimento ao bicho a indicação era sacrificá-lo.
Foi difícil levar a notícia ao Carlão, que acabou aceitando o inevitável, mas o esqueleto do Eustáquio ainda foi útil à Faculdade de Medicina Veterinária da USP, onde enriqueceu o museu.
A partir de então, os únicos bichos que têm permissão para frequentar a redação do jornal são focas, presentes ainda hoje.
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Trabalhei no sao paulo club e convivi com o eustaquio, que circulava livremente nas areas de funcionarios. Sempre que entrava um funcionario novo, a gente costumava deixar o leao na virada de algum corredor, e mandavamos o pobre do novato buscar algo passando por ali. Outra curiosidade é que o estaquio tinha pavor do nosso pintor, que usava jaleco igual ao do veterinario, entao, quando ele via o pintor , tratava logo de se mandar, achando que ia tomar injeçao, ou extrair dentes e tal.
A gente olha para a Presidente Dilma, acuada pela caciquia político-partidária-eleitoral, e vê, nitidamente, o retrato acabado da “governabilidade” do modello. E cadê remédio para esse câncer de proporções gigantescas e avassaladoras ? De um lado o “quanto pior melhor”, doutro lado o ” dá ou desce”, e pelo meio ” o se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”. Ninguém merece. Com a famigerada ” ditadura militar”, aquela que acabaria com a corrupção, etc. e tal, também foi assim: as mesmas coisas e “coisos”. E tem sido assim, desde a proclamação da répúbllica provisória que se tornou definitiva, de Deodoro, Floriano e Cia. até os dias atuais. E quem, numa selva dessa, será louco o suficiente para sequer tentar colocar guizos nos gatos, ratos, raposas, lobos, dinossauros e cia. ? Por tudo isso, resta evidente que caminhamos, caminhamos e caminhamos, mas, infelizmente, ainda não conseguimos sair do velho lugar comum, que, por mais que caminhemos, acaba nos deixando sempre diante do mesmo, velho, terrível e tríplice problema de junta, a saber: junta tudo e joga fora, junta militar. ou juntamos, esprememos e fazemos de toda essa limãoada azeda uma boa e deliciosa limonada para todos, como propõe o HoMeM do Mapa da Mina, com o PNBC e a Meritocracia Eleitoral, porque o tempo urge, e evoluir é preciso. E o pior de tudo, Caro Amigo, é que em Política, o Novo, a Juventude, não está na idade da pele, mas, isto sim, nos Sonhos, nos Ideais, nos Projetos, nos Movimentos, e disposição e força de vontade de realizá-los. Sem tudo isso, novos nomes podem significar apenas novos enganadores e novos estelionatos eleitorais, infelizmente. Resta-nos pelejar, rezar, orar e vigiar.