Cadê a pizza?

Charge para o Jornalistas & Cia

No início dos anos 1990, época do boom do já hoje quase aposentado fax, a Agência Estado criou uma linha de produtos corporativos. Um deles era o NewsPaper, uma espécie de “edição da edição” dos jornais do dia e que existe até hoje. Para os clientes receberem a sinopse até às 8h da manhã, a equipe sempre trabalhou durante a madrugada. Exatamente em 1992, em uma noite fria como estas que têm feito, o time foi tomado por uma fome daquelas.

Naquele tempo, o prédio do Estadão era quase uma “ilha” no bairro do Limão, porque não existia comércio 24 horas no entorno. O jeito foi ligar para uma pizzaria que ficava na av. General Olímpio da Silveira, bem debaixo do Minhocão, do outro lado do rio Tietê, um dos poucos estabelecimentos abertos às 2h da manhã.

Feito o pedido e fornecido o endereço, foi enfatizado que o destino era o prédio do jornal O Estado de S.Paulo. Meia hora, 40 minutos e nada da pizza. Ligamos e o atendente informou que o pedido já estava a caminho. Mais uns 20 minutos e com todo mundo já ameaçando comer lauda, parede, porta e o que mais estivesse na frente, novo telefonema com um apelo desesperado: “Moço, pelo amor de Deus, cadê a pizza???”. Do outro lado, a resposta, enfática: “Já foi entregue !”. “Nós não recebemos. Onde o motoqueiro foi?”. “Na rua Barão de Limeira!”. “Nããããooo!! A pizza foi parar na Folha!!!”.

Resultado: naquela noite, todo mundo ficou com estômago “grudado nas costas”. E ninguém sabe, até hoje, quem comeu a redonda de marguerita e calabreza durante o trabalho noturno no jornal da família Frias.

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