Erykah Badu
Simplesmente uma de minhas cantoras prediletas, seu nome verdadeiro é Erica Abi Wright.
Badu estreou em meados da década de 1990 e fez história ao lado de D’Angelo, Maxwell, Lauryn Hill, Jill Scott, Macy Gray entre outros com o que foi chamado na época de neo soul, uma nova vertente do R&B que mesclava black music dos anos 70 ao hip hop, ao jazz, ao funk e até a house music. Badu foi a primeira artista feminina dessa leva, chegou a ser comparada a Billie Holiday e virou referência para muitas outras cantoras como Amy Whinehouse e Céu. Após o grande sucesso de seus dois primeiros discos, Baduizm(1997) e Mama’s Gun ( 2000), lançou o EP Worldwide Underground (2003) no qual mostrou ter um lado mais aventureiro.
Sumiu por um tempo e só voltou cinco anos depois com o incrível 4th World War (2008), primeiro disco de uma trilogia ambiciosa intitulada New Amerykah. Neste disco, Badu aprofundou ainda mais sua fusão de R&B com Hip Hop e adicionou novos elementos de música eletrônica e até do rock experimental do Radiohead, especialmente da fase Kid A. O disco tem ainda letras mais politizadas nas quais Badu versa sobre identidade cultural, violência urbana e pobreza.
Em 2010, lançou a segunda parte de sua trilogia: Return of the Ankh. Outro grande disco, desta vez mais pessoal e menos político que o predecessor. Foi uma volta ao neo-soul do início de sua carreira, mas sem abrir mão de novas experimentações, agora mais sutis. O primeiro single, Window Seat, rendeu a maior polêmica de sua carreira por conta do vídeoclipe em que ela se despe na mesma rua onde o JFK foi assassinado. O vídeo é um protesto contra o pensamento de grupo que inibe dúvidas e opiniões pessoais e acaba levando a decisões irracionais. Badu foi rechaçada pelos mais conservadores e acabou sendo multada por má-conduta.
Não se sabe quando sai a terceira parte de sua trilogia. Por enquanto só se sabe que terá colaboração do talentosíssimo Flying Lotus. Espero que saia logo.