A coisa tá russa

Charge para o Jornalistas & Cia

Durante uma viagem que fez para Moscou ao lado de sua esposa, Heródoto Barbeiro, autossuficiente, recusou o guia que ia acompanhá-los pela cidade, pois “ele só vai mostrar os pontos turísticos, e a gente quer conhecer a alma do povo, a Moscou que o turista não vê”.

Diante do temor de Walquiria, sua esposa, de que não conseguissem voltar ao hotel, ele copiou diligentemente o que estava escrito na fachada, naquelas ininteligíveis letras do alfabeto cirílico, e com absoluta segurança guardou o papel no bolso.

O casal passeou livremente por Moscou, curtiu bastante e, na hora de voltar, entrou num táxi. Heródoto disse ao motorista que queria ir para o hotel e, triunfante, entregou o papelucho com as letras cuidadosamente desenhadas.

O motorista não entendeu, olhou o papel, sacudiu a cabeça e desandou a falar em russo, fluentemente – o que, por sinal, em Moscou, não é de espantar.

Montada a confusão, Heródoto irritando-se e apontando com insistência o papel, o motorista optou por deixar o carro com os dois lá dentro e voltou pouco depois, acompanhado de um taxista que falava  inglês. Este finalmente conseguiu explicar ao casal que não havia nome de hotel nenhum no papel, onde Heródoto escrevera em russo a seguinte frase: “O hotel está lotado, não há vagas”.
 

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