Nanquim, Som & Fúria #21

Santigold

Santigold

Santi White despontou em 2007 e suas músicas foram um sopro de novidade no pop ao misturar as novas tendências da música eletrônica e hip hop com o synth-pop oitentista. De lá pra cá, fez uma penca de contribuições com outros artistas (Beastie Boys, Julian Casablancas, Basement Jaxx, N.A.S.A. entre outros) e viu seu som e seus colaboradores e produtores do Major Lazer estourarem no mainstream. Somente agora ela lança seu segundo álbum, o ótimo Master of My Make Believe, com produção e colaborações de Switch e Diplo (Major Lazer), Dave Sitek (TV on the Radio), karen O e Nick Zinner (Yeah Yeah Yeahs) entre outros. Um discaço onde ela amplia sua sonoridade com elementos de música jamaicana e africana Santigold e também solta o verbo contra a obsessão atual por fama, contra a máquina política e contra o atual estado maçante da dita música mainstream. Santigold é o tal do pop com alma e conteúdo que muitos alegam ser, mas que, geralmente, não passa de propaganda falsa estampada na embalagem.

Greve

Charge para o Jornalistas & Cia

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A história dessa semana é de Paulo Nogueira na qual ele narra o fracasso que foi a greve dos jornalistas no ano de 1979.

Acontecera o pior: os próprios jornais noticiaram a greve. Os grevistas, no apogeu do entusiasmo pré-greve, sonhavam que os jornais simplesmente não sairiam porque não haveria gente para fazê-los.

Mas saíram, feitos por fura-greves que, num efeito colateral trágico para todos os jornalistas, eles próprios incluídos, mostraram aos patrões que era possível trabalhar com redações bem mais enxutas do que as que existiam naqueles dias. Nem a famosa arma secreta prometida numa assembleia por Juca Kfouri – que fazia parte do comando de greve – foi capaz de salvar o movimento.

Uma epidemia de greves tomou o País depois que os metalúrgicos abriram a porta. Umas foram bem-sucedidas. A dos jornalistas de São Paulo foi um monumental fracasso.